21.1.09

sobre tempo e mudanças

eu não sou muito fã desses posts com cara de restropectiva, mas dessa vez é inevitável. me veio à cabeça o pensamento vai fazer três anos que eu te conheço e que sou apaixonada por você, e isso me assustou. não pela capacidade de ser insistente, como diria um amigo meu, mas pela rapidez desses três anos. eu chego a me perder no tempo, sem acreditar que tal coisa não aconteceu mês passado, mas sim dois anos, ou algo assim. aquele passado (vergonhoso, diga-se de passagem) não me parece tão distante... e não me venha com o papo de que três anos não são nada. eu tou no primeiro quarto da minha vida, e, pra mim, três anos ainda são muita coisa.
eu não sei o que é mais estranho: a rapidez com que o tempo passou, ou reparar como certas coisas mudaram tão pouco. eu continuo a distraída, desastrada e estressadinha de sempre. ainda sou a mais nova da galere, a cuidadinha por todos. ainda escondo boa parte do meu potencial (destrutivo, inclusive - muahaha) por puro comodismo. a geek que prefere não encarar certas situações por medo de não conseguir se controlar. às vezes eu me canso de viver nessa gaiola que eu mesma me coloquei, mas cada vez que eu tento colocar o pé pra fora, alguém me acusa de egoísta, individualista. e eu detesto tanto gente egoísta que tenho medo de estar me tornando isso também. mas não era esse o assunto.
acho que o que mais mudou em mim nesses 3 anos foi a minha coragem pra certas coisas. antes eu era tão caladinha, tão medrosinha de desagradar alguém, de alguém deixar de gostar de mim, de desobedecer as ordens de mamãe. não é mais assim. eu já entendi que as (poucas) pessoas ao meu redor não vão deixar de gostar de mim se eu não concordar com o que eles dizem, se eu não estiver sorrindo o tempo inteiro, se eu não for doce o tempo todo. essas pessoas são as minhas únicas preocupações. então eu simplesmente me permiti ser mais eu mesma com elas. é complicado assumir o eu-mesmo pra algumas pessoas. pra mim era. no more :D
foram altos e baixos (e muito-baixos, e muito-muito-baixos, e no-fundo-do-poço), mas não dá pra negar que foram (until now) os melhores anos da minha vida.