estava eu, bela e garbosa, deitada na minha caminha. acordo, e percebo que não estou no meu lado favorito, e tento me virar. mas daí eu sinto que tem uma
coisa na minha cama, junto de mim. o primeiro pensamento foi "ah, é o scooby" e daí, como se tivesse escutado meu chamado, ele passa pela porta do quarto, olhando confuso. ai. não é o scooby. é, era muito grande pra ser o scooby. medo.
medo. meu deeeus, tem um fantaaasma na minha cama! fantasmas e aranhas são as coisas que mais me assustam na vida. e tem um fantasma deitado comigo. me encolhi o máximo que podia e fiquei pensando se valia a pena levantar da cama ou se era melhor esperar até que ele desaparecesse. vai que eu levanto e ele vem atrás de mim, né? fiquei lá, tremendo, morrendo de medo, e a coisa virou. eu, congelada, penso que, apesar de provavelmente ser a cena mais traumática da minha vida, deveria olhar. afinal, tava na minha cama! vai que ele queria me dizer alguma coisa... era dizer e ir embora. fim. se ele quisesse me matar, sugar a minha alma ou quaquer dessas coisas, ele não teria deitado. teria feito o
silviçu e ido embora. tá, vou olhar. me viro.
era minha mãe.
eu devo ter dado um grito, não lembro, mas ela acordou. "que é isso, menina?" quer dizer, a pessoa está na minha cama, e eu que tenho que dar explicações. "você que me chamou". oi? "é, você acordou de madrugada, fez o maior barulho na cozinha e eu fui ver o que era. cheguei lá, você tinha tirado várias coisas da geladeira. manteiga, catchup, leite, panelas. te perguntei o que queria, e você disse que tava com fome. eu fiz leite com chocolate pra gente tomar, e comemos biscoito. na hora de voltar pra cama, você disse que tava com medo da sai ou algo assim, e pediu pra eu deitar com você. fui, né?"
caralho, que raios é
sai? sai, say, sae. ah tá.
sae. sae/yae, mio/mayu, fatal frame II. jesus amado, como eu sou monga.
então tá, mãe. dormeae.