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o labirinto do fauno me faz bem. eu sempre fui do tipo de criança que acredita em fantasia. fadas, gnomos, criaturas mágicas, para mim, eram tão reais quanto eu e você. chegava a ficar indignada quando alguém me dizia o contrário.
mas é claro que existem, você não consegue sentir? acho que acreditar no fantástico era algo que me deixava mais leve, mais esperançosa e mais feliz. eu sabia que nunca estava sozinha. imaginava que sempre tinha algum ser fantástico por perto, me observando, vendo se eu me deixava levar pelos outros que tentavam me tirar essa crença. bobagem pra maioria, eu sei. mas, para mim, era algo muito sério.
o labirinto do fauno me traz esse sentimento de novo. esse sentimento que é tão difícil de manter, em meio à tantos problemas, tristezas, desesperança. mas eu me orgulho em dizer que, sim!, eu acredito. e, ao contrário de muita gente por aí, não tenho a mínima vergonha de admitir :)
o labirinto do fauno acontece em 1944, na espanha. ofélia é uma garota de 10 anos, que adora contos-de-fadas e acredita no fantástico. sua mãe se casa novamente com um oficial facista, engravida, e as duas são obrigadas à se mudarem para as montanhas. em plena represália aos guerrilheiros que ainda resistiam nessa área, ofélia descobre um labirinto onde habita um ser fantástico, o fauno. esse fauno diz que ofélia é a princesa perdida do reino mágico subterrâneo, e que ela tem direito ao trono mas que, para provar que não se deixou corromper pelos humanos, ela deveria passar por três provas que comprovariam se ela era digna ou não à voltar. enquanto isso, sua mãe está doente, e seu padrasto mostra o quão terríível ele é capaz de ser.
título original: el laberinto del fauno
gênero: drama/fantasia
direção: guillermo del toro
ano: 2006
